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PSL discute saída do clã Bolsonaro e expulsão de deputados do partido
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2 meses atrásem
Após aumento na crise interna, sigla aceita negociar saída do presidente e de seus filhos, mas só se eles assinarem termo abrindo mão do fundo partidário
Neste final de semana, a cúpula do PSL realizou encontros para tratar de dois temas que estiveram em alta na última semana: a possível saída da família do presidente Jair Bolsonaro da sigla e a possível expulsão de dois deputados – Bibo Nunes (RS) e Alê Silva (MG) – do partido. A informação é do blog do jornalista Gerson Camarotti.
De acordo com a publicação, a possível saída do clã Bolsonaro e outros parlamentares será autorizada pela liderança do PSL caso estes assinem um compromisso público de abrir mão do fundo partidário, tema que se tornou uma das grandes ‘batalhas’ entre o presidente e o líder do partido, Luciano Bivar , e deu início as discussões internas.
Nos últimos dias, Bolsonaro tem tentado se afastar cada vez mais da alta cúpula do PSL, principalmente de Bivar, e já cogita uma mudança de partido, o que poderia acarretar em uma ‘debandada’. Entretanto, tal mudança traria problemas para o pleito de 2020, quando a sigla pretende aumentar sua participação nos estados, o que poderia ser dificultado caso houvesse mudança no fundo partidário.
Acirramento das conversas aconteceu após a divulgação de novas acusações envolvendo o ministro do turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e possíveis candidaturas ‘laranjas’ durante a eleição de 2018. Deputados do partido, inclusive, revelaram que Bolsonaro estaria cogitando uma auditoria sobre o uso de recursos no PSL.
Tal situação já começa a trazer consequências para o partido. Alvos de análise por parte da cúpula do partido, alguns deputados foram punidos recentemente e perderam cargos de liderança que exerciam dentro da sigla. Nem mesmo o vice-presidente, Hamilton Mourão, ficou de fora do tema e acabou se posicionando: “crise entre Bolsonaro e Bivar é político-partidária” .
Por fim, outros dois nomes que também teceram comentários sobre o ‘racha’ no partido, e acabaram acirrando ainda mais a discussão, foram o senador Major Olímpio e o vereador Carlos Bolsonaro.
Após ouvir Olímpio dizer que haveria uma conspiração encabeçada por seu irmão Eduardo, Carlos chamou o senador de ‘bobo da corte’ . Em resposta, o major lamentou a ‘baixaria’ do filho do presidente, a quem chamou de “moleque”.
Jornalista, editor de Painel Político, consultoria em comunicação
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